quinta-feira, 25 de março de 2010

Genghis - The Peacemaker!
(Part IV)

I can almost imagine all of you (all the two of you...) wondering how anyone can place the words "Genghis" and "Peace" in the same sentence. What seems a contradiction really is not.
Let me try to explain this thought, by analysing the third criteria mentioned in my first post.
As H.H. Howorth said best, Genghis was a conqueror and a general whose consumate ability made him overthrow every barrier that must intervene between the cheif of a small barbarous tribe of an obscure race, that at a given point threatened Europe and conquered the throne of Asia.
The single thing that most separates Genghis from the rest of the so-called "Great Capitains" was his enduring legacy. He organized the empire that he conquered so that it survived and greatly thrived long after he was gone. He was an innovator in social and political economy; his laws and his administrative rules were accepted and long lasting; justice, tolerance and discipline, virtues that (supposedly...) make up the modern ideal of a State, were taught and practised at his court.
And remember this most important thing: Genghis was born and educated in the desert, without the benefit of a "classical education".
What has this - you rightfully ask - anything to do with peacemaking ?
Well, before attacking a country, Genghis usually sent the following message to its ruler: "If you don't submit, who kowns what will happen, God only knows". In case of submission, hostages and one-tenth of the produce of the land had to be given to the Mongols. Mongol governors had to be accepted, who (by the way) had the habit of reducing the surrendered country to the condition of the conquered.
To those that did not surrender, there was only one alternative: general slaughter!
Before an invasion, Genghis gathered all the relevant political and social information, through a well organized intelligence sistem. Bribery, intrigue and every other suitable alternatives were then employed to acheive divisions among his enemies. Once in a foreign country, the Mongols proceeded to ravage and waste the land all around the bigger towns and then placed these under siege, that sometimes lasted for years. The captured population was used in siege-work and then forced to take part in any assault (arrow fodder). Once conquered by force, the inhabitants of the town were killed.
The Mongols had the habit of promising (by solemn oaths) the besieged a safe exit in case of surrender; those that believed their promises usually regreted it...
They had also the habit of returning a few days latter to the place of a previous massacre just to make sure if someone had escaped and finished off any that did. These words say it all: "The Mongols gloried in the slaughter of men; blood to them was split freely as water; they had no honor or chivalry and a ruse to them was more creditable than a open fight" (Vicent).
This is the reason why I say that Genghis was a peacemaker: after he was finished with his enemies, everything was peaceful - peaceful and quiet even - since his enemies were all dead.
There were no rebelions, no need for extensive police work, no need to make threatening proclamations in the main square. I can only imagine his usual answer to problems: kill'em all! Some estimate at about 18 million the number of human beings that perished in China and Xi-Xia alone, from 1211 to 1223.
One of the consequences of this policy was that travellers and merchants could cross the expanse of the Mongol empire without fear of robbers, thieves or murderers - no one dared to start such risky businesses, under the Mongols.
On the other hand, we ear that Genghis counselled his sons to tolerate all creeds, telling them that it mattered little to the Divinity how they honored him. He exempted from taxes the ministers of all religions, the poor, doctors and other wise men. The princes of the blood adressed the Khan by his name and in his orders, laws, etc., his name was unaccompanied by any honorary titles.
Having trouble making up your mind regarding Genghis ? Well, don't.
Stick to the facts and the facts are that Genghis Khan towers head and shoulders above all the rest - just be thankful you did not have the bad luck of living in his time...
Well, this post ends my little adventure into the life of Genghis.
I hope you enjoyed reading it - since I sure enjoyed writing it.
I'll come back to this subject with a post about my brand new wargames army - Mongol, or course!
PC

quarta-feira, 24 de março de 2010

LIGA ARCANE 2010

No dia 21 de Março, domingo, realizou-se em Lisboa, a 1 ronda da Liga Arcane 2010, com a participação de dois elementos da BT (com três inscritos), e que decorreu dentro de um bom espírito de camaradagem, boa companhia, excelente ambiente de fair play e convívio.

Defrontaram-se os seguintes exércitos,

1.3.12 Late Republican Roman
1.3.23 Numidian
(3) 1.3.28 Classical Roman
2.2.03 Han China
1.2.18 Post-Vedic and Early Mauryan Indians
1.5.09 Mongol Golden Horde
(2)1.3.10 Later Carthaginian

De salientar, na arte de pintura - a Horda Mongol, (pintada pelo JP, de Coimbra) e do exército Indiano, que sem sombra de dúvidas, deslumbraram os presentes, não só pela sua diferença, em relação aos exércitos habitualmente utilizados em torneios, mas também pela sua cor e presença.

Uma coisa são as palavras outra coisa são as imagens, para aqueles que não puderam comparecer aqui ficam algumas fotos das mesas de jogo e dos exércitos formados para o desenrolar da Batalha:


Por último, deixo aqui o agradecimento da BT, à organização do evento, particularmente ao Jerboa, e a todos os outros participantes de Lisboa, pelos bons momentos que nos proporcionaram e por toda a ajuda prestada para que pudessemos estar presentes.

Até à próxima ronda.
JMM

sexta-feira, 19 de março de 2010

Fortaleza de Almeida (Portas de Santo António)
O único sobrevivente da guarnição de uma bateria de artilharia portuguesa inspecciona os danos causados por uma carga de cavalaria francesa.
Nos passados dias 13 e 14 de Março realizou-se a edição de 2010 da Escola do Soldado, que reuniu em Almeida a maioria dos cidadãos portugueses que se dedicam à recriação histórica da Guerra Peninsular/Invasões Francesas.
Mesmo sem corridas e flexões, foram dois dias que exigiram dos participantes algum esforço com vista a aperfeiçoar procedimentos e regras de segurança, preparar e programar eventos futuros e reparar equipamento.
Para quem não sabe, todas as pessoas que se dedicam a esta actividade, quer no âmbito da Associação Napoleónica Portuguesa (ANP), quer no âmbito do Grupo de Recriação Histórica do Municipio de Almeida (GRHMA) fazem-no com espírito amador. A participação destes grupos em eventos a nível nacional e internacional depende da ponderação da relevância dos mesmos para a História nacional e dos objectivos e credibilidade das respectivas organizações - e nunca de quaisquer contrapartidas financeiras.
Este foram os princípios que há seis anos atrás estiveram na génese da criação da ANP e que agora ainda hoje se mantêm.

Batalhão de Caçadores nº 6, Companhia de Atiradores, em parada
O Batalhão de Caçadores nº 6 (BC 6) foi a primeira unidade militar portuguesa objecto de recriação histórica em Portugal e teve a sua estreia no ano de 2004, precisamente em Almeida.
Depois de muito trabalho e pesquisa, foi possível angariar o tecido próprio para confecção do uniforme (tecido castanho grosso, chamado serrobeco) e obter todos os demais equipamentos (muitos deles importados do estrangeiro) necessários à recriação fiel desta unidade militar.
O BC 6 teve a sua origem no Porto, no ano de 1808, em cuja região recrutou os respectivos efectivos. Conjuntamente com o Regimento de Infantaria nº 6 e nº 18, ambos igualmente recrutados na área do Porto, formou uma Brigada (unidade composta por dois ou mais regimentos) que combateu conjuntamente durante praticamente toda a Guerra Peninsular, sendo a única Brigada do Exército Português integralmente composta por elementos recrutados na mesma região.
Conforme é possível visualizar na imagem, o uniforme castanho é um elemento característico das unidades de caçadores. O sinal distintivo do BC 6 em relação às demais unidades de caçadores eram os canhões (das mangas) e as golas de cor amarela.
A companhia de atiradores constituía a unidade de elite, dentro de qualquer batalhão de caçadores - que por si só já eram considerados tropas excepcionalmente resistentes e qualificadas. Os elementos distintivos da companhia de atiradores (em relação às demais companhias de caçadores) eram os seguintes: penacho (fica por cima da barretina) e franjado (nos ombros) negros (as demais companhias utilizavam a cor verde); utilizavam a carabina Baker (em contraposição ao mosquete Brown Bess, utilizado pelas demais companhias) e utilizavam correame/talabartes específicos adequados à carabina.
A carabina Baker era das armas mais excepcionais das utilizadas na Guerra Peninsular. Com alma estriada (os mosquetes possuíam todos alma lisa), possuía um alcance e eficácia acima da média. Em contraposição, possuía uma cadência de tiro inferior, devido à dificuldade que as estrias causavam à introdução da munição.

Regimento de Infantaria nº 23 em defesa das Portas de Almeida!

Posteriormente ao BC 6, começaram a formar-se unidades de infantaria de linha, sendo actualmente as que contêm mais efectivos o Regimento de Infantaria nº 11 (RI 11) e o Regimento de Infantaria nº 23 (RI 23).
A infantaria de linha portuguesa da época das invasões francesas utilizava um uniforme (casaca) azul, na tonalidade que chamamos "azul prussiano" e que é um pouco mais clara que o azul marinho.
Conforme a região militar de proveniência, a infantaria poderia usar forro de cor vermelha (região militar centro), amarela (região militar norte) ou branca (região militar sul). O que demais permitia distinguir os 24 regimentos de infantaria existentes no Exército Português da época eram as cores das golas e dos canhões, que eram diferentes para cada regimento.
Por exemplo, o RI 11 utilizava forro de cor vermelha, golas de cor azul prussiano e canhões de cor azul claro. O RI 23 utilizava igualmente forro de cor vermelha (eram ambos da região militar centro), e golas e canhões de cor azul claro.
Em termos regulamentares, estava previsto que as calças dos soldados fossem de cor azul, como a casaca. Todavia, verificou-se que no Verão eram extremamente desconfortáveis, razão pela qual passou a aceitar-se a utilização de calças em tecido branco. Por essa razão e como se pode constatar na imagem, é perfeitamente possível a coexistência de calças de cor azul e branca na mesma unidade.
O RI 11 e RI 23 eram considerados o 1º e 2º regimentos de Almeida, por ser a zona geográfica do respectivo recrutamento.


Regimento de Artilharia nº 4 em fogo de apoio nocturno!
(peça de artilharia de 3 libras, modelo 1773, D. José I)

Existiram 4 Regimentos de Artilharia no Exército português da época a que temos vindo a fazer referência e escusado será que o Regimento de Artilharia nº 4 (RA 4) era o mais forte deles todos ! (os respectivos elementos eram recrutados a norte...).
Os regimentos de artilharia utilizavam um uniforme em tudo semelhante ao da infantaria.
Todavia, todos os regimentos de artilharia utilizavam forro de cor vermelha e apenas se distinguiam entre si mediante a variação das cores negra e azul nas golas e no canhão. Por exemplo, o RA 4 possuía gola de cor azul e canhão das mangas de cor negra.
Como toda a gente sabe, na infantaria ingressam homens e ingressam rapazes. Todavia, para ingressar na artilharia, os rapazes ainda vão ter de esperar...
PC

sábado, 13 de março de 2010

1/144 Pics II

Mais umas fotos de modelos à escala 1/144. Material da WGS e Resina. Figuras da WGS, e outros.


Pz.Kpfw III Ausf M

Bergepanther


Dodge Truck - Jeep
Luchs - SdKfz 250/7 with German Paras
Wargame Scenario
Mais fotos em breve - More pics soon
Abraço JF

sexta-feira, 12 de março de 2010


Genghis - The Conqueror!

(Part III)


Once again, I feel utterly motivated to continue my profound and well researched dissertation about Genghis Khan, since the messages just don't stop arriving to our comment box.
It feels so good to be appreciated...
Speaking about self-appreciation, let me tell you about what Genghis once said regarding the greatest happiness in life.
His (modest) opinion was as follows: "The greatest pleasure is to vanquish your enemies, to chase them before you, to rob them of their wealth, to see those dear to them bathed in tears, to ride their horses, to clasp to your bosom their wives and daughters".
Close to 1000 years afterwards, I see these as the words of a guy with what I call "The Hunger".
Have you ever felt hungry, and I don't mean just hungry for food ?
Hunger gives a new sense of perspective to some things.
The difference between a hungry guy and a guy with "The Hunger" is this (at least in my more or less vivid imagination): A hungry guy can say "I'm so hungry I could eat a horse!". A guy with "The Hunger" would say: "I'm going to eat that horse! I'm going to eat it raw if I have to, and I'll kick the ass of anyone who stands between me and that horse!"
In my opinion, Genghis was a guy with "The Hunger".
Let's now learn something more about him through his own words:
In time of peace Genghis counselled his soldiers to be quiet as calves, but in war to rush on his enemies like hungry falcons fall on their prey.
"There does not live a braver man than Yissutai (one of his generals). No march can fatigue him, he feels neither thirst nor hunger and he thinks his soldiers ought to be like himself. This is why he is not fit to command. It is necessary that a general should be sensible to either hunger or thirst, for he ought to be able to feel the sufferings of his army. His marches should be moderate, and he ought to feed both his men and his horses".
"I give the command of troops to those who join courage and skill. To those who are active and alert I confide the care of the baggage. To the dullards I confide a pole and make them tend the cattle. It is thus I have won my victories and my sons will continued to be victorious if they follow my example".
And one of the instruments of those victories was the Mongol warrior.
The Mongol warrior was implicitly obedient - what seems a little odd at first since the Mongol army was composed of nomads who constantly led the lives of danger, but that was one of the secrets of their sucess, enforced by Genghis.
The coward and the (unauthorized...) plunderer were equally put to death. A sentry found asleep at his post was executed without question.
Each warrior had to pay his chief a certain number of horses, cattle, pieces of felt, among other things. When he was absent at war, his wife had to pay his contributions. In retribution for his services, the Mongol warrior received a percentage of booty, devided according to fixed principles. The end result: a warrior had to win battles or else he and his family would starve - it was as simple as that, and that was a powerful psychological combination.
In Marco Polo's words, when going on distant expeditions the Mongols took no gear with them except two leathern bottles for milk, a little earthen (others say iron) pot to cook their meat in and a little tent to shelter them from the rain. And in cases of great urgency they would ride ten days on end (each warrior had several horses with him on campaign) without lighting a fire or taking a meal. On such occasions they would sustain themselves with the blood of their horses, opening a vein and letting the blood jet into their mouth, drinking till they had enough, and stauching it.
Pretty tough, huh ?
Each warrior carried a bow, arrows and an axe; a file to sharpen the points of his arrows; a sieve, an awl, needles and thread. The picked troops could also carry slightly curved sabres and had their heads and body covered by leathern armour covered with pieces of iron.
All Mongol males between the ages of 16 and 60 were liable for military service.
It is thought that the Mongol army, at least under Genghis, never exceeded the number of 150.000, whereas, for instance, the Chin empire could and did muster four times that number of troops.
The bow was the Mongol main offensive weapon. It was a composite reflex bow, made from yak horn, sinew and wood or bamboo. They also used the much vaunted Mongol horse, that could be watered once a day and feed for the most part on grass. Some say that those horses could travel 600 miles in nine days - no mean feat, considering they had to carry an armed guy on their back.
Genghis is the one that united and gave a sense of purpose to the Mongols, and converted them into a formidable fighting force, seldom defeated in battle. According to D'Ohsson, the Mongols in their original homes were among the most wretched of mankind. They were so poor that only their chiefs had iron stirrups.
With this to start with, Genghis (and his followers) conquered all the nations and empires mentioned in my previous post, and more.
In recorded history, Genghis it the one that during his lifetime conquered the biggest expanse of territory.
Caesar had the benefit and the resources of an already huge empire behind him.
Alexander had the benefit of a formidable fighting machine, created by his father.
Napoleon...well, Napoleon is simply out of his league when compared to Genghis.
Therefore, no doubts must subsist that Genghis must be considered top notch, regarding the second criteria mentioned in my initial post.
I'll get back to you on this.
PC

sexta-feira, 5 de março de 2010


Os Tótós do Kung-Fu!



Há uns dias atrás apareceram na Academia de Kung-Fu dois candidatos para "experimentar" uma aula, com vista a poderem decidir se se iriam ou não inscrever como alunos.
Como é habitual, no inicio de cada aula temos um período de aquecimento, sem o qual qualquer exercício físico converte-se num risco para a saúde.
Passados cerca de 10 minutos de exercícios (de aquecimento) os dois pobres infelizes começaram a mudar de cor (passaram de brancos a pálidos) e não conseguiam segurar-se em pé. Depois disso, pediram autorização para ir à casa de banho.
E nunca mais voltaram...
Antes destes, apareceu por lá um outro individuo que também queria experimentar as aulas da Academia e que até chegou a frequentar 3 ou 4 aulas, pois pelos vistos já tinha alguma preparação física.
Todavia, estava sempre a perguntar: "quando é que começo a aprender a fazer rotativos ?" e "quando é que começo a aprender a dar saltos ?".
Escusado será dizer que, à semelhança dos primeiros, mas por outras razões, nunca mais lá voltou a pôr os pés.
Na minha modesta opinião, as artes marciais são o desporto, além de milenar, mais completo que existe e existem tantas variantes e alternativas que se podem adequar a quase todos os temperamentos.
O Kung-Fu (ou Wushu), mesmo para quem o pratica em termos mais ou menos aligeirados, pode servir como exercício mental, físico e filosófico. Permite desenvolver uma força mental positiva e exige paciência e trabalho, algumas vezes duro.
E da respectiva prática é quase sempre possível extrair benefícios e aplicações para as mais variadas situações a nível pessoal e profissional, designadamente na vertente da gestão de agitações, exigências e pressões.
Além disso e porventura mais importante, deste desporto resultam beneficios excelentes para a saúde, ao nível do aparelho respiratório e circulatório, do desenvolvimento da resistência e da massa muscular, da flexibilidade, etc.
Equivoca-se seriamente quem procura nas artes marciais (pelo menos naquelas que são praticadas com seriedade e consciência) um meio para exibição de violência ou de aquisição de conhecimentos para exercícios violentos.
Não têm nada a ver com isso.
De igual modo, quem é avesso ao exercício da paciência, empenho e esforço não se vai dar bem com este desporto, pois nunca vai conseguir, por exemplo, controlar o medo ou a dor.
Dito isto, penso que já se conseguem imaginar as razões pelas quais nos dois casos acima descritos os respectivos candidatos acabaram por mudar de ideias em relação à opção de praticarem Kung-Fu...
PC